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Vinte anos passados sobre a institucionalização da performance, será que esta ainda está viva?

Hendrik Folkerts & David Cabecinha

Curador Convidado

Hendrik Folkerts

Speaker

David Cabecinha

Será que a carga conceptual da performance nos fez aproximar ou afastar desta prática artística? Qual o peso do conceito centenário que move intérpretes, performers, atores e artistas em momentos que ficam cristalizados no tempo? Como se diferencia uma performance ao vivo e a representação em forma de documentação? Como se incorpora o arquivo e a construção de memória no impacto desta prática? O espírito “livre” da performance morreu ou mudou?


 

 

Hendrik Folkerts é Curador de Arte Contemporânea Internacional no Moderna Museet, Estocolmo. Anteriormente, Folkerts foi Curador de Arte Moderna e Contemporânea do Dittmer no Art Institute of Chicago (2017-2022); Curador no documenta 14, Kassel/Athens (2014-2017); Curador de Programas de Performance, Cinema e Discursivo no Stedelijk Museum, Amesterdão (2010-2015); e Coordenador do Programa Curatorial no De Appel arts centre, Amesterdão (2009-2011). Folkerts é especialista na curadoria de exposições e em uma abordagem curatorial centrada no artista que destaca as noções de cuidado, acolhimento, e no processo de construção das exposições de arte contemporânea. Foi curador de numerosas exposições individuais e coletivas internacionais, bem como apresentações de coleções, novas comissões, e séries de programas, ancoradas no campo expandido da performance e construindo sobre as questões feministas, queer, e anti-coloniais das histórias da arte.


David Cabecinha (1987) é licenciado em teatro, ramo actores, na Escola Superior de Teatro e Cinema (Lisboa). Trabalha regularmente nas artes performativas e em cinema desde 2008, como dramaturgista, co-argumentista, ator, produtor e assistente de realização/encenação. No seu percurso colaborou com companhias de teatro como a mala voadora, com coreógrafas e coreógrafos como Dinis Machado, Rita Natálio e João dos Santos Martins e realizadores com Jorge Jácome e Carlos Conceição. Entre 2016 e 2017 assume a direcção artística do festival Temps d’Images Lisboa, onde promoveu uma programação de experimentação por artistas emergentes e artistas consolidados, como Vera Mantero e Apichatpong Weerasethakul. Em 2018 assume a direção artística do Alkantara, com Carla Nobre Sousa, onde defende a diversificação das programações culturais e promove diálogos para futuros mais acessíveis e inclusivos, a partir das artes performativas.