/ 11:3012:30 / Conversa

Como podem as instituições culturais operar de forma diferente e construir experiências plurais? & Como podem as instituições acolher, viver e trabalhar em conjunto?

Vincenzo de Bellis, Kasia Redzisz, Filipa Oliveira & Luís Silva

Curador Convidado

Vincenzo de Bellis

Curadora Convidada

Kasia Redzisz

Speaker

Filipa Oliveira

Speaker

Luís Silva

Os últimos dois anos mudaram-nos enquanto sujeitos e mudaram os vários espaços e comunidades onde nos movimentamos, forçaram muitos a redefinir modos de estar e de comunicar, e a rever prioridades em termos pessoais e institucionais. Como devem as instituições reavaliar os espaços, as estruturas e as metodologias das instituições culturais para encontrar novas formas de trabalho e reunir uma pluralidade de vozes?  


Devemos repensar juntos as noções de acolhimento e de convivência nas instituições culturais através da curadoria, da mediação e da comunicação. Como podem as instituições priorizar a inclusão, a representatividade e a colaboração na arte contemporânea?

 

 


Vincenzo de Bellis é Curador e Diretor Associado de programas em Artes Visuais no Walker Art Center, Minneapolis. Atualmente, encontra-se a trabalhar na grande retrospetiva de Jannis Kounellis intitulada Jannis Kounellis in Six Acts(2022), organizada pelo Walker Art Center e o Museo Jumex, Cidade do México. Durante o seu percurso no Walker Art Center, organizou várias exposições, como a exposição coletiva The Paradox of Stillness: Art, Object, and Performance(2021); a primeira exposição individual do artista mexicano nos Estados Unidos, Mario García Torres, Illusion Brought Me Here (2018); a primeira exposição em museu de Nairy Baghramian, Déformation Professionnelle (2017); e a exposição

coletiva I Am You, You Are Too (2017). Também supervisionou a exposição no Walker Art Center: Jimmie Durham: At the Center of the World (2017). Em 2015, comissariou Ennesima: An Exhibition of Seven Exhibitions on Italian Art na Trienal de Milão e Betty Woodman’s survey no Museo Marino Marini, Florença, e no Institute of Contemporary Arts, Londres. De 2009 a 2016 de Bellis foi Diretor Fundador e Curador no Peep-Hole Art Center em Milão e de 2012 a 2016 foi também Diretor Artístico da Miart, Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea de Milão.


Kasia Redzisz é Diretora Artística no Kanal - Centre Pompidou em Bruxelas. Foi Curadora Sénior no Tate Liverpool, onde foi responsável pelo programa e colaborações internacionais. Entre 2008 e 2015 trabalhou como comissária na Tate Modern. Ao mesmo tempo, entre 2008 e 2015 foi Diretora de Projetos de Arte Aberta, uma organização dedicada a comissões de arte inovadoras. O seu trabalho independente inclui muitos projetos interdisciplinares, mais recentemente a exposição inaugural do Muzeum Susch (2019) e a quarta edição de Art Encounters Biennial (2021). É autora de livros, editora de catálogos de exposições e colaboradora de revistas como Frieze, Mousse e Tate Etc. A prática curatorial de Redzisz reflete o seu empenho na igualdade, experimentação e no estabelecimento de diálogos transnacionais entre práticas artísticas decorrentes de diversas geografias.


Filipa Oliveira é desde 2018 Curadora e Programadora de Artes Visuais da Câmara Municipal de Almada, tendo a seu cargo a direcção artística da Casa da Cerca, Galeria Municipal de Almada e Convento dos Capuchos. Entre 2015 e 2017 foi diretora artística do Fórum Eugénio de Almeida em Évora. Trabalhou como curadora independente durante 12 anos, colaborando com instituições como Centro Cultural de Belém (Lisboa), Kettle’s Yard (UK), John Hansards Gallery (UK), Tate Modern (UK), Fundação Calouste Gulbenkian Centro de Arte Moderna (Lisboa), Fundação Carmona e Costa (Lisboa, Fondation Calouste Gulbenkian (França), Museu Colecção Berardo (Lisboa), Crac Alsace (França), Kunstverein Springhornhof (Alemanha), Ffotogallery (UK), Mead Gallery (UK), Frieze Projects (UK), Stills Gallery (UK), entre outros. Foi curadora assistente na 28ª Bienal de São Paulo em 2010 e em 2012 foi curadora convidada do projecto Satellite no Jeu de Paume, Paris onde comissariou exposições individuais de Jimmy Robert, Tamar Guimarães, Rosa Barba e Filipa César. Em 2022 foi co-curadora com Elfi Turpin de “Meia-noite”, Anozero' 21-21Bienal de arte contemporânea de Coimbra. Tem uma extensa lista de participações em catálogos e publicações. Escreveu ensaios e críticas de exposições para Arte Contexto, Contemporary, Flash Art, L+Arte, Revista Contemporânea, e Artforum.

 

Luís Silva é diretor da Kunsthalle Lissabon, instituição que fundou com João Mourão em 2009. É co-curador da Representação Oficial Portuguesa na 59.ª Bienal de Veneza com o projeto “Vampires in Space” de Pedro Neves Marques. Uma seleção de exposições recentes que apresentou na Kunsthalle Lissabon inclui individuais de Gabriel Chaile, Manuel Solano, Sheroanawe Hakihiiwe, Ad Minoliti, Zheng Bo, Laure Prouvost, Caroline Mesquita e Engel Leonardo. Silva fez a curadoria de inúmeros projetos independentemente, destacando-se exposições em instituições como o Pivô, em São Paulo, a Extra City, em Antuérpia, a David Roberts Art Foundation, em Londres, a Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva e o MAAT, em Lisboa, ou o MACE, em Elvas. Para além da sua prática curatorial Luís Silva foi também contributing editor da revista CURA. e co-editor da série de publicações Performing the Institution(al), bem como de vários volumes monográficos. Foi co-curador da ZONA MACO SUR (2015 - 2017), a secção de solo projects da feira de arte contemporânea da Cidade do México e da secção Disegni (2017 -2019) da Artissima em Turim.