/ 17:3018:30 / Conversa + Filme

A água, também é o museu?

Andrea Lissoni & Jorge Jácome

Curador Convidado

Andrea Lissoni

Artista

Jorge Jácome

Numa sociedade cada vez mais líquida, onde se propõem novas formas (mais livres) de comunhão e comunicação entre pessoas e sociedades, será que os museus também podem adoptar estes modelos mais fluídos? Encontramos, por outro lado, uma nova apresentação da água em modelos expositivos, convidando à interação e à partilha com este meio imersivo. Será que este organismo vivo pode ajudar a construir comunidades mais conscientes na sustentabilidade? Convocando, assim, novas reflexões ecológicas e sociais? 


 


Andrea Lissoni, PhD, é desde 2020 Diretor Artístico da Haus der Kunst, Munique. Anteriormente, foi Curador Sénior, Arte Internacional (Cinema) na Tate Modern, Londres, e Curador no HangarBicocca, Milão. Na Tate lançou e foi co-comissário de novos formatos de exposição, como a Live Exhibition de 2017 e 2018, a exposição da coleção e o programa ao vivo na abertura do novo edifício em 2016, foi curador da Comissão do Turbine Hall de Philippe Parreno em 2016, e as exposições individuais dos artistas Joan Jonas e Bruce Nauman. A sua investigação diz respeito à vivacidade, aspectos cinematográficos em obras de arte baseadas no tempo, a percepção do tempo e formas de transmissão, partilha e envolvimento nas artes contemporâneas. Explora estes aspectos através de abordagens transdisciplinares à realização de exposições, centrando-se em contextos artísticos entre culturas e subculturas não dominantes, entre os quais, a música e o som em particular.

Jorge Jácome (1988) é um cineasta e artista que vive e trabalha em Lisboa. Nasceu em Viana do Castelo e passou a sua infância em Macau. É licenciado em Realização e Montagem pela Escola Superior de Teatro e Cinema e frequentou a Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains, em França. Nos seus filmes, que transitam entre o documentário e a ficção, explora relações entre utopias, natureza, desaparecimento e desejos. Os seus filmes são frequentemente apresentados em festivais de cinema e museus, tais como a Berlinale, Toronto International Film Festival, San Sebastian, New York Film Festival, 25 FPS, Winterthur, IndieLisboa, Curtas – Vila do Conde, Palais de Tokyo, MoMa, Tabakalera, entre muitos outros. Entre os prémios que os seus projetos mereceram destacam-se o Prémio da crítica FIPRESCI na Berlinale com Super Natural (2022), o Grande Prémio de Curta Metragem da Competição Internacional do IndieLisboa, Melhor Filme no Festival de Hamburgo, com Past Perfect (2019), grande Prémio no 25 FPS, Punto de Vista, BIEFF, e o prémio de “Novo Talento” no festival IndieLisboa, com o filme Flores (2017). Paralelamente ao seu trabalho como cineasta, trabalha como montador em projetos de outros realizadores e artistas e colabora regularmente em projetos de artes performativas.